terça-feira, 13 de novembro de 2007

PERGUNTA Nº 31 - Porque é que em Portugal não temos um Governo assim?

Ora muito bem, hoje vou falar-vos de uma história que acontece num "País longínquo que não é Portugal e que é muito conhecido de todos nós. Não é Portugal nem podia ser. Esse "País longínquo que não é Portugal tem um Primeiro Ministro que julgo ser filósofo (e ele também se julga). Esse "País longínquo que não é Portugal também se diz poeticamente à beira-mar plantado (devia ser proibido roubar assim desta maneira despudorada símbolos Nacionais), mas não é Portugal nem podia ser porque esse País tem um Primeiro Ministro muito mal educado que não deve ter bebido nem cheirado um chávena de chá quando era pequenino e o nosso Primeiro Ministro como todos nós sabemos tem uma educação esmerada.


Nem eu me atrevia a falar do Primeiro Ministro de Portugal por quem tenho o máximo respeito e que nunca insultei, nunca falei sobre a sua vida académica ou outra com amigos ou inimigos e nunca me manifestei contra ele. Declaro-o publicamente para que não haja a menor dúvida. Portanto esta história passa-se num "País longínquo que não é Portugal. Repito.


Pois nesse "País longínquo que não é Portugal, o seu Primeiro Ministro decidiu dar um incentivo à natalidade. Nasce-se pouco nesse País e pelos vistos morre-se muito tarde e portanto a população assim envelhece. É preciso que se nasça mais diz o Primeiro Ministro desse "País longínquo que não é Portugal.


A solução foi pois magnânime: Cada mulher grávida irá beneficiar de uma exorbitante quantia de 130 Euros e 62 Cêntimos por cada um dos últimos 6 meses de gravidez. Leram bem não me enganei, 130 Euros e 62 Cêntimos. Não é fantástico? não consigo compreender porque é que em Portugal que é um País evoluído e civilizado isto não acontece.


Já fizeram bem as contas? 6 meses a 130,62€ cada um dá a fortuna inconcebível de 783,72€… FABULOSO! Vale mesmo a pena ter filhos nesse "País longínquo que não é Portugal. Estou a pensar em mudar-me para lá. É um real incentivo à natalidade que certamente todos os países do mundo irão mais tarde ou mais cêdo adoptar, menos Portugal que como sabemos, anda sempre na vanguarda destas regalias sociais. Não entendo.

Um País como o nosso que deu "Novos mundos ao mundo" não é capaz de dar novos mundos aos recém-nascidos. Francamente Senhor Primeiro Ministro de Portugal. Faço aqui um apêlo para que pense melhor neste assunto.

A não ser que com o seu sentido apurado de justiça social que tenho a certeza que tem e já deu bastas provas disso já tenha uma solução bem mais interessante que esta deste "País longínquo que não é Portugal. Fico a aguardar Senhor Primeiro Ministro de Portugal.


Só há um pequeno problema. Para ter direito a essa fortuna é preciso ter um rendimento mensal igual ou inferior a 198,93€ e eu ganho 198,95€… já falei com o meu patrão para me pagar menos 3 cêntimos mas ele diz que por motivos relacionados com a contabilidade e os impostos não pode ser. Imaginem só… por uma miséria de 3 cêntimos não posso ser rico!

Depois há outro pequeno problema. Mesmo que eu consiga um emprego a ganhar menos que 198,93€ e convença a minha mulher a ter, digamos, 10 filhos… já fizemos as contas e para os vestir, calçar e dar-lhes de comer vai custar muito dinheiro.


Claro que há sempre a possibilidade de os pôr a render na vida marginal, prostituição, droga, carteirismo, assalto a caixas multibanco etc... É uma hipótese que o tal Primeiro Ministro do

"País longínquo que não é Portugal, sem o dizer claro, vê com bons olhos. Sempre é uma economia paralela que equilibra a economia “oficial”.


Grande Governo o desse "País longínquo que não é Portugal.

Porque é que em Portugal não temos um Governo assim?

Repito para que não fique a mínima dúvida e eu ainda possa ser acordado às 4 da manhã para prestar declarações que acabei de falar de um "País longínquo que não é Portugal.


LERAM BEM? Um "País longínquo que não é Portugal. Não façam confusões!

5 comentários:

edinha disse...

Fiquei preocupada!!!!
Nesse país longiquo vai haver um aumento substancial da natalidade de certeza.
E depois o que fazem com tanta gente?
Deixo a pergunta.

Anônimo disse...

Quem receba esse valor de salário já terá, imagino, dificuldade em conseguir ter um apartamento... uma casita... pronto, um quarto na pensão Luanda com águas correntes quentes e frias (isto se o quarto for dividido com mais 2 ou 3 pessoas; ainda há custos de alimentação, transportes, etc) quanto mais pensar a sério em ter filhos e educá-los, com tudo o que isso implica. Já estou a imaginar as vagas de imigração que esse pobre país vai ter porque todos os outros países vão querer aproveitar tão boas políticas sociais. Já agora deixo um desafio: porque é que nesse país distante não oferecem também subsídios a quem não abandonar a escolaridade obrigatória, a quem tirar uma licenciatura, a quem fizer uma pós-graduação, por exemplo?

BF disse...

Adorei esta tua forma de critica e escrita. Eu que vivo num País que não é Portugal mas que num dia não tão distante assim o sonhou ser e o gritou em plenos pulmões, tenho vergonha de ver no que nos estamos a tornar.

Beijos
BF

Doces Minhoquices disse...

Realmente... esse tal país é "extraordinário"!!!!!!!!! Quem nos dera!!!!!!!
Obg.p/ visita.
Dulce

Fátima disse...

Olá amigo,

Mais uma vez fiquei de boca aberta, magnífico texto... afinal onde é que fica esse tal "País longínquo que não é portugal"?

:-) Beijinhos